domingo, 25 de outubro de 2009

ARLS "CAVALHEIROS DA AMIZADE" Nº. 131, NOVO ESTANDARTE

São José do Rio Preto, 09 de novembro de 2009

Á GLÓRIA DO GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO

ESTANDARTE DA ARLS “CAVALHEIROS DA AMIZADE” Nº. 131

O Estandarte é uma insígnia de tecido ou outro material, cuja importância simbólica e esotérica, é de muito valor. As cores diversas e os símbolos nele estampados identificam a filosofia, o objetivo e a finalidade de uma Instituição, entidade ou organização.

A função de Porta-Estandarte é das mais nobres, uma vez que o Estandarte é a mais genuína representação da Loja, seus ideais e desejos.

É o Irmão Porta Estandarte que tem a incumbência, de sob juramento, empenhando sua palavra de maçom, honrar e fazer honrar, defender e fazer defender o estandarte, entregando-o puro e sem mácula, como o faço agora, ao seu sucessor, com espírito de fraternidade e com o mesmo carinho com que o primeiro Porta-Estandarte o empunhou desde o dia de sua consagração.

A particularidade do objeto estandarte em relação a outros símbolos, tais como bandeiras e brasões, é que o estandarte é próprio para promover a união de homens de ação. Assim como a bandeira encerra o símbolo da pátria, que nos inspira reverência, os brasões distinguem a origem da formação das associações, o estandarte além de encerrar todos os símbolos e origem das instituições é o instrumento de inspiração para o trabalho, para a ação, para a vida.

A Maçonaria, através da sua simbologia que está encerrada nos estandartes de todas as Lojas, conclama a todos a lutar pelos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, aglutinando todos os homens livres e de bons costumes para alcançar os ideais supremos da humanidade que redundarão em paz e progresso para o mundo.

E quando uma Loja Maçônica decide mudar seu símbolo, como o faz a ARLS “Cavalheiros da Amizade”, conforme aprovado por unanimidade, em Assembléia, no dia 14 de setembro de 2009, é essencial entregar àqueles que nos sucedem, o magnífico acervo das tradições e costumes da nossa Ordem e que seja feito um registro cuidadoso, para permitir à posteridade compreender perfeitamente suas razões e objetivos. Toda e qualquer instituição precisa de um símbolo seu.

Nas palavras do Dr. Whitney Smith, eminente vexilólogo, “...a ação cooperativa, em qualquer sociedade, requer comunicação; esta por sua vez, depende de um discurso comum. Símbolos de todos os tipos, incluindo bandeiras, estabelecem princípios de relações entre indivíduos numa sociedade, entre estes e outras sociedades e entre todos os seres humanos e os campos da natureza e do espírito”. Quer dizer, um símbolo deve comunicar, deve ser compreendido, ao menos pelos componentes da Instituição, para eficientemente representá-la.

Quatro foram os motivos que nos conduziram à mudança:

•Primeiro: a insuficiência representativa do símbolo anterior;

•Segundo: depois que os Irmãos Aníbal Benhossi e Ney Giordan Marcondes de Godoy nos contaram a verdadeira história sobre a origem da nossa Loja, escrevendo que foi fundada em 06 de novembro de 1965, em reunião realizada no Templo da ARLS “Filhos de Osíris” nº. 30, às 20h00min, presidida pelo Irmão Alberto Chamellete, então Delegado do 5º. Distrito Maçônico da GLESP e o nome “Cavalheiros da Amizade” surgiu do desejo de provocar a união definitiva entre os maçons de duas antigas Lojas que não estariam cumprindo com os verdadeiros princípios da nossa Instituição, especialmente em relação à fraternidade, cavalheirismo e amizade, o que logo em seguida foi sentido e a união voltou a reinar de maneira invejável até os dias de hoje;

•Terceiro: conseguir representar de modo facilmente compreensível, a natureza e os objetivos da nossa Loja;

•Quarto: ter um símbolo de nossa exclusiva e inequívoca propriedade, passível de registro legal, como o fizemos: microfilmado sob nº.................

Foi feito de forma retangular, com um ângulo obtuso no seu vértice inferior, como a maioria dos Estandartes, tipo bandeira universal, medindo 1,25 metros de comprimento por 0,81 metros de largura. Dois cordões trançados na cor dourada, com 0,72 metros cada um, com borlas pendentes feitas com fios de ouro nas extremidades. Uma franja dourada de 2 cm de largura contornando os flancos esquerdo e direito e da ponta baixa do Estandarte em jade, significando o fulgor da fraternidade maçônica.

As letras “À G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.” em jade com 5 cm cada; ARLS “Cavalheiros da Amizade” nº. 131, em sable com 5 cm cada; Oriente de São José do Rio Preto – SP, Fundada em 06/11/1965 e G.·.L.·.E.·.S.·.P.·., em jade com 3 cm cada.

O suporte para o Estandarte em Loja é de ferro roliço marrom com 2,51 metros de altura, com as extremidades, superior e inferior, prateadas.

Utilizamos o mais universal dos símbolos maçônicos, tão fundamental que está entre os princípios básicos da Maçonaria Universal, ou seja, o Compasso e o Esquadro.

Que as três Grandes Luzes da Maçonaria, a saber, o Volume da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso estejam sempre em evidência quando a ARLS “Cavalheiros da Amizade” estiver trabalhando como um verdadeira escola de maçonaria.

Chegamos assim à essência do novo Estandarte:

Peço vênia aos heraldistas profissionais pelo meu pouco conhecimento, para que nosso Estandarte, em linguagem heráldica possa ser assim descrito:

Em campo de blau escuro sob a barra de sustentação dourada está a divisa: “À G.·.D.·.G.·.A.·.D.·.U.·.”., em letras jaldes, e logo abaixo está a franja amarelo ouro (fios de ouro). É invocação obrigatória a todos os maçons, inclusive em toda coluna gravada colocada na Bolsa de Propostas e Informações e antes de encetar seus trabalhos práticos, escritos ou orais, além de ter a identificação de quem a escreveu. Esta fórmula é o Símbolo do Construtor do Universo, imagem que se harmoniza perfeitamente com o ofício dos construtores e sob cujo nome trabalhavam outrora, todos os maçons.

Entre as letras “A” e “C” (douradas) está o “Olho que tudo Vê”, inscrito em um triângulo eqüilátero dourado que representa o Grande Arquiteto do Universo, ou o Eu Superior, para o qual deve o iniciado dirigir suas aspirações, cujo olho luminoso é o olho da sabedoria e da providência, que observa, prevê e provê. São dois símbolos que formam um só, que foi o mais estável de todos. Sempre significou a consciência de Deus, que tudo penetra, ou a visão universal da Divindade. O triângulo é um símbolo de perfeição.

A letra “C” encimando a coluna dourada à destra, significa “CAVALHEIROS” e a letra “A” encimando a coluna da mesma cor à sinistra, significa “AMIZADE”.

No centro, descansam em campo de blau (cor do fundo do Estandarte e que representa a imensidão celeste e a grandiosidade do Rito Escocês Antigo e Aceito no âmbito da Grande Loja), o Compasso e o Esquadro em ouro entrelaçados na posição de Aprendiz Maçom. Constituem o emblema da Ordem e simbolizam a justiça, a exatidão e a harmonia. Quando entrelaçados são considerados grandes jóias e grandes Luzes da Maçonaria, além de nos recordar quanto à justa medida das coisas e da retidão de conduta induz-nos, também, à união de forças e de idéias pelo seu entrelaçamento, à firmeza de conduta pelo metal e sua fundição pela mão do artífice maior, a executar belas obras, pela pureza e beleza do ouro.

Descansam, ainda, o Livro da Lei aberto (Ciência e Sabedoria) em arjante, também, sob as denominações de Volume da Lei Sagrada, Livro da Verdadeira Luz, Livro da Sabedoria ou outras. O Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso são as Três Grandes Luzes emblemáticas da Maçonaria. É obrigatória a presença sobre o Altar dos Juramentos, de um livro considerado pela religião dominante no país como “contendo a vontade revelada do “Grande Arquiteto do Universo”. É símbolo da Lei moral que cada maçom deve respeitar e seguir, e representa a Filosofia que cada um adota, ou a Fé que anima e governa os homens.

Descansam, também, ao centro as Mãos entrelaçadas na cor “carnação”, com as mangas do paletó na cor sable e a camisa com os punhos na cor silver, simbolizam o verdadeiro traje que os maçons devem usar durante as Sessões maçônicas e a cortesia, o cavalheirismo e a amizade que deve reinar entre os Irmãos.

A COLUNA dourada à destra e a COLUNA da mesma cor, à sinistra, existentes na porta de entrada de todas as Lojas Simbólicas, neste caso da Ordem Coríntia para simbolizar a beleza da Cavalheiros da Amizade designam, principalmente, o lugar que deve ser ocupado na Loja, respectivamente, pelos Aprendizes e Companheiros. O simbolismo das Colunas é imenso e quando são consideradas juntas, representam a sabedoria e a estabilidade do conhecimento, dando a entender que aquele que quiser viver uma vida mais plena e mais elevada deverá passar por este portal, ou seja, adquirir conhecimentos, pois encontrará os maiores prazeres da mente. Representam, ainda, os dois pontos solsticiais.

Um listel em campo arjante traz inscrito o grito de guerra, em letras sables: ARLS “Cavalheiros da Amizade” nº. 131.

O todo vem sustentado pelas letras G.·.L.·.E.·.S.·.P.·. (Grande Loja do Estado de São Paulo) em jalde, encimadas pela divisa Oriente de São José do Rio Preto-SP, fundada em 06 de novembro de 1965, ainda em letras jaldes.

O significado do símbolo poderia ser considerado complexo. Entretanto, nossa Ordem tem um apreço imenso pela tradição, por isso, do mesmo modo fomos buscar nos símbolos a forma completa das nossas tradições.

Assim, através do respeito, à Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo a ARLS “Cavalheiros da Amizade” que se prepara para o futuro inspirando-se no seu passado histórico e na presença do Sereníssimo Grão Mestre, Irmão Francisco Gomes da Silva; do Delegado da 16ª. Região Maçônica, Irmão Hércules Finato; do Delegado do .... º. Distrito, Irmão João Coelho Baptista; do Delegado do º. Distrito, Irmão Fernando Fialho de Oliveira; do Irmão João Castro Júnior, Membro do Conselho do Grão Mestrado da GLESP, e de muitos e ilustres maçons, lança, com muito orgulho, o novo Estandarte da Loja “Cavalheiros da Amizade”.

Buscamos aperfeiçoar-nos no conhecimento maçônico e na participação ativa dentro da Loja que é o lugar onde nos congregamos para adquirir conhecimentos, num exemplo verdadeiro de fidelidade ao compromisso de auto aperfeiçoamento e que demonstra um patente interesse pela Ordem e lá fora, no mundo profano, temos que dar o exemplo do aprendizado.

Aqui dentro, só aprender. Lá fora executar e dar o exemplo de um verdadeiro homem maçom bem formado. Essa é a verdadeira Maçonaria.

Alberto Gabriel Bianchi, membro da ARLS “Cavalheiros da Amizade” nº. 131, da Academia Rio-Pretense Maçônica de Letras e da Academia Maçônica Internacional de Letras de Lisboa.

Fontes de Pesquisa:

Trabalho de Renato Moreira Soares da Silva e Edevaini Veronez;

Aprendiz de Maçonaria, de Joacy da Silva Palhano;

Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, Nicola Aslan, Editora Maçônica “A Tolha” (4 volumes);

Dicionário de Maçonaria, Joaquim Gervásio de Figueiredo, Editora Pensamento;

Dicionário Ilustrado de Maçonaria, Sebastião Dodel dos Santos, Editora Essinger;

Dicionário de Heráldica;

Atelier Heráldico;

Rituais da GLESP

quinta-feira, 30 de abril de 2009

"TOQUE DE RECOLHER"

“TOQUE DE RECOLHER”


Em Pirangi, pequena cidade do interior do nosso Estado, aqui bem próximo à São José do Rio Preto, em 1958 existia um só soldado com o nome de Nascimento e que mantinha a ordem e a disciplina principalmente em relação aos jovens.
O soldado Nascimento era a única autoridade naquela hospitaleira comunidade, além do Prefeito. Ele não permitia, em hipótese alguma, que um jovem fosse visto andando pela cidade depois das 22h00m. Pedia, primeiro que fosse imediatamente para casa. Se o menino, como éramos chamado, insistisse em ficar pelas ruas, seus pais eram de imediato acordados e notificados do fato. Aí era surra ou castigo na certa.
A cidade vivia uma paz invejável. As crianças eram saudáveis, estudiosas e com uma educação de dar inveja. As aulas começavam às sete horas da manhã e lá estávamos nós com toda a disposição do mundo.
Às 18h00m, hora da “Ave Maria” e todos iam para a “reza”, depois um sorvete, em seguida tentar ouvir a prosa dos adultos na soleira das portas da rua do centro e 9h00m, cama.
O mundo fui rodando. 1960 - São Paulo, capital do Estado – era possível andar a noite com certa tranqüilidade, não existia tanta violência. O que podíamos encontrar era um ou outro bêbado perambulando pela rua. Éramos estudantes e o nosso retorno ocorria por volta de 23h00m, e normalmente andávamos em grupo, o que nos dava total segurança.
Dormíamos cedo, uma vez que tínhamos que trabalhar no dia seguinte. E como em São Paulo tudo é longe, madrugávamos.
À medida que o tempo foi passando, as coisas foram se modificando e os hábitos também. A vida noturna foi ficando cada vez mais intensa e o que incomodava era só o barulho. Reclamavam, e a resposta era: é só nos finais de semana – deixa são jovens! E assim as coisas caminharam até chegar ao ponto em que estamos.
Em contrapartida os prejuízos para o ser humano e para o governo, foram enormes. Acidentes, crimes, doenças, insegurança total, trânsito, perversão, drogas e tantas outras tragédias, sem contar o alto custo aos cofres públicos.
A vida noturna foi se intensificando cada vez mais. Os investimentos foram grandes e a geração de empregos também. Chegou-se a um ponto quase insuportável para se reverter a situação. Ninguém quer perder, até porque ninguém consegue explicar que não vamos perder e sim ganhar muito com o fechamento dos estabelecimentos antes da meia noite. O país, o comércio, as pessoas vão lucrar muito com o “TOQUE DE RECOLHER”. Quem paga a conta? Somos nós, por isso vamos lucrar. Não podemos pensar somente no capitalismo selvagem. Precisamos pensar no futuro das gerações, na nossa segurança e nossa saúde. É preciso pensar no homem que é o nosso bem maior.
Com o aumento da violência em São Paulo resolvi vir novamente para o interior. Aportei em São José do Rio Preto, chamada no passado de “cidade cabocla”, e aqui fui acolhido com carinho e muita felicidade durante todos esses anos. A vida noturna em nossa cidade é intensa e muito alegre, todavia não devemos deixar as coisas se agravarem ainda mais, conscientizando os empresários da necessidade de pararmos até, no máximo, meia noite. A violência noturna, infelizmente, está aumentando por aqui.
Viajei pela Europa e lá as pessoas respeitam, aceitam e vivem sob o império da lei, porque as leis funcionam e a punição existe.
Estava em Paris, cidade luz, cidade cheia de vida, uma maravilha. Estava cansado dos passeios diurnos e fui para o hotel descansar um pouco e dormi demais, acordando onze horas da noite com uma fome danada. Fui correndo chamar um táxi na tentativa de encontrar um restaurante ou uma lanchonete aberta para comer alguma coisa. Quando o táxi chegou, expliquei o que queria e o motorista gentilmente, disse: nós aqui dormimos cedo e você não vai encontrar nada aberto há esta hora. Procure no próprio hotel onde você está e tente conseguir um lanchinho. Assustei...Paris....23horas e nenhum restaurante aberto! Isso é que é maravilha, exclamei. Bem que no Brasil poderia ser assim. Teríamos um pouco de paz durante a noite.
Tenho ouvido pela TV que algumas cidades da nossa região estão conseguindo fazer valer o “TOQUE DE RECOLHER”, determinado pelo Poder Judiciário.
Essa medida ajuda muito e é um bom começo para depois definirmos o horário de funcionamento dos bares durante a noite, para evitarmos o insuportável alvoroço noturno.
Parabéns! Parabéns! Que o Brasil inteiro siga o exemplo e teremos uma sociedade saudável e mais justa.
Não é cerceamento do direito de ir e vir, quando o limite imposto pela lei, é para o bem comum.
Democracia é liberdade com limite. Vamos respeitar.
A nossa juventude estará salva e os pais e familiares dormirão tranqüilos, sabendo que o Estado está fazendo a sua parte. Os jovens irão acordar com mais disposição, com mais motivação para o trabalho e para a vida. Atitudes como estas é que darão confiança para um povo ordeiro, hospitaleiro e com vontade de vencer pela educação e respeito às leis.

Alberto Gabriel Bianchi – Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, Academia Rio-Pretense Maçônica de Letras e Academia Maçônica Internacional de Letras, de Lisboa.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

ALBERTO GABRIEL BIANCHI - ANIVERSÁRIO

A TODOS OS SERES HUMANOS ESPARSOS PELA SUPERFÍCIE DA TERRA

Cometi quase todos os tipos de erros e por meio deles aprendi muitas verdades. “Errare humanun est”.

“As coisas estão no mundo, só que eu preciso aprender” – Paulinho da Viola

Meu maior patrimônio é meu trabalho: produz flores e frutos e deles eu vivo. Alberto Gabriel Bianchi

Hoje, 28 de janeiro de 2009, quarta-feira, completo 63 anos de idade e confesso que durante todos esses anos vivi a felicidade plena.

Nasci na Parada Inglesa, São Paulo e adotei Pirangi como cidade do meu coração.

Pirangi que sempre amei que traz grandes recordações da minha infância e parte da minha juventude. Pirangi das noites enluaradas e que deixava as matas prateadas rebrilhando na amplidão. Nos campos verdejantes, no matagal, nos lagos e riachos os pássaros cantavam e eu me apaixonava cada vez mais. Relembro comovido os tempos lá vividos, os dias alegres que lá passei. Tenho muita paixão e profundo respeito por tamanha maravilha e pela paisagem mística que lá existia.

Quero declarar ao mundo inteiro que minha vida foi muito feliz, mesmo diante de tantas adversidades. Foi muito suave e florida, apesar de todos os espinhos.
Tive uma infância alegre e cheia de carinho, uma adolescência plena de felicidade e na vida adulta, aos poucos vou realizando todos os meus sonhos.
Neste mundo venusto ninguém vive mais feliz e sem susto do que eu e, a alegria que existe no meu coração, transborda quanto mais o tempo passa. Queria que nesta terra, todos amassem a todos sem guerra.

Nos velhos tempos de venturas e desventuras gritava ao mundo inteiro que viver é maravilhoso. Viver tendo um lar cheio de simplicidade e muito amor é algo venturoso. Hoje faço 63 anos de existência e tenho minha história para contar. Uma história de encantos e de alegria por todos os cantos. Sei que talvez seja um peregrino sonhador que vive a harmonia do sublime e desperta com poesias a flutuar no ar, para não sofrer as torturas do mundo e do olhar maligno daqueles que só nos querem magoar. Sozinho, viajei pela vida lutando desesperado com a fé que nos dá o amor e a força do trabalho que nos dá todo valor.

Sou casado com Olinda com quem tenho três filhos: Rogério, Alberto e Symara; dois netos: Davi e Luca.

Só o lado bom alegre e venturoso, quero contar. O lado triste e adverso fica guardado na minha consciência para que possa consultar sempre que necessário para me defender e sobreviver.
Vivi a doçura e o amargor da vida. Vivi a dor e o prazer. Senti todos os sabores e dissabores para que pudesse valorizar e comparar as ações do ato de viver. Errei muito e aprendi. Por isso é que afirmo que fui feliz, tive os maiores prazeres possíveis e os vivi intensamente.
Sempre amei toda a natureza e, portanto, todo ser humano. Amei sem nada querer e nem esperar. Amei de todas as formas e com todas as forças. Amei com todas as emoções e, também, com devoção.

Amo os seres de todas as cores, credos e raças. Os doentes e não doentes. Para mim não existe pobre nem rico. Existe o ser humano que é o bem maior da natureza, segundo conceitos do próprio homem.
Nos caminhos longos da vida muito aprendi, momentos de muito amor eu vivi e todos sob a luz da esperança e da amizade.
Conheci muitas pessoas e todas foram importantes para mim e para minha formação.
Morei na roça onde diziam que eu era capiau ou jacu. Lá fazia muitas peraltices, corria pelas matas atrás de uma fruta, mergulhava nos rios e riachos para me refrescar, via as aves revoando os céus no amanhecer e no entardecer levando o amor para povoar a mente do sertanejo. Depois fui para a pequena Pirangi onde diziam que era caipira e dali voltei para a grande metrópole e continuaram a dizer que eu era caipira do interior. Na babel paulistana conheci muitas pessoas e fiz grandes amizades, muitos amores e um mundo pleno de realizações.

De São Paulo para o mundo foi questão de tempo. Visitei todas as capitais de Estado do Brasil. Quase todas as capitais da América Latina. E uma infinidade de países da Europa.

Fiz muita coisa boa pela vida: andei a cavalo em pelo, com focinheira e com sorfete, pelas campinas. Montei em cavalo arreado e passeava pela cidade com todo cuidado. Andei de carroça, carroção de bois, de charrete, trole, bicicleta, trator, Ford 29, jardineira, caminhão e carrinho de rolimã. Andei de bonde, trem e ônibus urbano e de alto luxo. Naveguei de piroga, barco a remo e com motor, de lancha, iate e navio. Também viajei, muito de avião.

Conheci rios, florestas, desertos, montanhas. Senti o frescor da Serra de Monte Alto, do Mar, da Mantiqueira, da Cantareira, dos Andes, dos Alpes Suíços e dos Apeninos, na Itália.

Dancei ao som de grandes orquestras no Clube de Pirangi, no Fazendinha, no Palácio de Mármore, Pinheiros, Paulistano, no Palácio de Versalles, Casa de Portugal, dancei em Viena, Alemanha e em Roma e muitos outros lugares lindos. Dancei tango em Buenos Aires e samba na Alemanha. Dancei ao som das vitrolas nos bailinhos realizados nos fins de semana na casa de muitos amigos e amigas. Dancei ao som das sanfonas de 120 e 180 baixos em terreiros de café das fazendas de Pirangi e região.

Participei dos festivais de Folclore, Nacional e Internacional de Olímpia, Estado de São Paulo. Festival de Folclore do Tirol, na Áustria. Grandes e pequenos Festivais de músicas. Muitas festas de Peão de Boiadeiro, especialmente as de Pirangi e Barretos. Participei de muitas Bienais do Livro, Salão de automóveis, várias feiras nacionais e internacionais.

Conheci museus de todas as partes do mundo. Do museu de Monte Alto e Jaboticabal, interior de São Paulo; o Ipiranga e o Museu de Arte Moderna na Capital; o Louvre na França e o Museu Casa de Rembrandt, em Amsterdam. Conheci até o local onde vai ser instalado um museu, debaixo de um viaduto nas proximidades da Biblioteca Municipal e da represa (cartão postal de Rio Preto). É o museu do Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de São José do Rio Preto.

Conheço muitas cidades pelo interior do nosso País e quase todas do Estado de São Paulo.
Fui menino de sitio, menino de rua, menino de circo, menino de recados, menino engraxate, menino de palco e menino de escritório.

Pesquei nos rios Tabarana, Turvo, Pardo, Tiete, Mogi, Grande, Paraná, Paraguai, Juruá, Araguaia, Formoso do Araguaia, Cuiabá, Miranda, Ribeirão dos Porcos, Feio, Aquidauana, Paranapanema e tantos outros.

Meu eterno agradecimento a todos os moradores de Pirangi, todos os amigos e irmãos do velho ginásio da Vila Mazzei, aos amigos de São Paulo, aos grandes amigos de Bauru, aos amigos e Irmãos de Marília, aos amigos e Irmãos de São José do Rio Preto, aos amigos e Irmãos da ARLS “Cavalheiros da Amizade”, aos Ilustres Acadêmicos da Academia Rio-Pretense Maçônica de Letras, aos Diretores e Acadêmicos da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, aos diretores da Fundação Libero Badaró de Ensino, Assistência Social e Cultura - FULBEAS, aos diretores do Instituto Riopretense dos Cegos Trabalhadores, aos membros da Loja Maçônica Fraternidade Brazileira de Estudos e Pesquisas de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais e a todos os seus membros correspondentes que vivem pelo Brasil e pelo mundo, aos escritores da Associação Rio-pretense dos Escritores – ARPE, aos colegas e amigos da Ordem dos Advogados do Brasil, enfim, a todas as pessoas esparsas pelo mundo com quem convivi ou convivo.

Muito obrigado à minha família e a família Pockel Prado, com quem passamos um belíssimo Natal nos dias 24 e 25 de dezembro de 2008.

Muito obrigado às minhas sete Irmãs e aos meus cunhados, com os quais, eu, Olinda, Rogério, Fernanda e Luca, passamos a véspera e o dia de Ano Novo (30/12/2008 e 01/01/2009). Foi uma noite muito feliz.

Plantei muitas árvores, escrevi alguns livros, muitas poesias e tenho três filhos. Sinto-me plenamente realizado. Talvez queira ser aquilo que não sou. Talvez seja aquilo que não sei, mas ainda quero ser.

Um obrigado saudoso aos meus pais: Abílio Bianchi e Célia Arroyo Bianchi
Quero sonhar, quero viver seguindo em frente, quero alçar longos vôos realizando mais muito mais, quero ver o mundo com todos os seus problemas de saúde, educação e conflitos resolvidos e, em 28 de janeiro de 2010, aqui estarei novamente escrevendo com toda a energia da suprema alegria de viver.

Alberto Gabriel Bianchi – 28 de janeiro de 2009.











terça-feira, 13 de janeiro de 2009

WANDA REGINA

Click abaixo e veja a nossa bailarina em grande estilo.

sábado, 10 de janeiro de 2009

JANTAR DA ACADEMIA RIO-PRETENSE DE LETRAS E CULTURA - ÉRIC E SYMARA, BIANCHI E OLINDA, IVONILDA E JAIRO

Jantar da Academia Rio-pretense de Letras e Cultura, no Rio Preto Automóvel Club
Éric, Symara, Bianchi, Olinda,Ivonilda e Jairo.
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